Nascida em 1928, na Bélgica, e radicada na França, Agnès Varda foi uma diretora e roteirista
de grande renome e importância. Estudou literatura e psicologia durante sua formação universitária, mas foi na sétima arte que encontrou seu lugar de atuação e militância.
É considerada a precursora e única diretora da Nouvelle Vague, embora sua presença na história do movimento não tenha ganhado tamanha relevância na época, claramente por se tratar de uma mulher.
Em 2019, a BBC elaborou uma lista dos melhores filmes dirigidos por mulheres. Varda foi a cineasta mais citada, com 6 filmes entre os 100 filmes eleitos.
Um de seus grandes sucessos é “Cleo das 5 às 7” (1961). O filme narra a espera de uma cantora pelo resultado de um exame médico, processo que se dá entre os horários indicados no título. Além de ter conquistado o segundo lugar na lista da BBC, o longa está entre os mais importantes do cinema francês.
Foi através das temáticas de relações humanas, do feminino, do movimento feminista e das belíssimas auto-reflexões, tanto em formato de ficção quanto como documentário, que
Varda se consagrou com um dos maiores nomes da história do cinema mundial.
Faleceu em 2019, com 90 anos. Dois anos antes de sua morte, recebeu um Oscar pelo conjunto de sua obra. Somou mais de 60 anos de carreira e foi a primeira mulher a receber esse prêmio pela academia.
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