Apesar da notoriedade e representatividade de sua literatura, muitas autoras de romance italiano foram ignoradas pela crítica e pelo cânone italianos. A maioria é, até hoje, desconhecida pelo público brasileiro.
Escritoras como Carolina Invernizio (1851-1916), Matilde Serao (1856- 1927), Mura (1892-1940) e Liala (1897-1995) foram importantes na afirmação do gênero romanesco na Itália: as duas primeiras, como representantes da segunda metade do século XIX, são figuras centrais para a popularização e o desenvolvimento da literatura de consumo italiana, sobretudo do romance folhetinesco e as duas últimas, Liala e Mura, como representantes da literatura de massa do começo do século XX até o segundo pós-guerra.
Carolina Invernizio (1851-1916)
Uma das grandes representantes do Romance Rosa italiano, a autora publicou cerca de 123 livros no espaço de 40 anos. Seus romances, dedicados a mulheres, retratam personagens diabólicos contrapostos a heroínas idealizadas e temas como o sepultamento vivo, assassinatos e o sobrenatural. Embora na Itália a autora tenha sido considerada uma “escritora menor”, no Brasil, Invernizio obteve grande fama através de publicações folhetinescas em jornais do início do século XX como “O comércio de São Paulo” e o “Jornal das moças”.
Você terá acesso a alguns de seus romances no nosso curso “Horror italiano: a tradição gótica através dos séculos XIX e XX”.
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